De La Felguera a El Berrón

La Felguera - El Berrón 23

Percurso linear com início e fim em diferentes pontos, e um itinerário totalmente tranquilo, com pouco tráfego, em pequenas estradas locais e vias verdes com um piso aceitável. É apto para todo o tipo de bicicletas, exceto o troço da via verde de Carbayín; existe uma alternativa para este troço ao longo da estrada SI-16 desde o início da via verde até Carbayín Bajo. Com histórias mineiras pelo meio, percorreremos recantos tranquilos e bonitos, mudando do vale de Nalón para o vale de Carbayín.

É um percurso razoavelmente cómodo, embora tenha 3 subidas que passaremos a comentar:

• Assim que saímos de La Felguera, depois de passarmos o hospital local, espera-nos o Alto de La Zorera, de 3 km, sendo a subida mais longa de todo o percurso.
• As duas subidas seguintes são curtas. Uma em Pando a 800 m, e outra a 400 m até ao cruzamento da autoestrada mineira na zona de Bendición.

Começamos por sair de La Felguera e pedalamos um par de quilómetros pela AS-17 em direção a Riaño, uma estrada em que teremos de ter cuidado por causa do tráfego, e depois juntar-nos-emos a uma prática ciclovia partilhada com peões em Barros durante mais um par de quilómetros; está bem concebida e evita declives e tráfego. Exceto no troço inicial entre La Felguera e Barros, há pouco trânsito.

Perto do Hospital Regional de Valle del Nalón, em Riaño, encontra-se a igreja de San Martín, datada dos séculos XVII e XVIII. É um edifício de uma só nave, com pórticos de alvenaria e um campanário de generosas dimensões. Vale a pena subir até La Zorera, povoação por onde passa o Caminho de Santiago, já que daqui se tem uma ampla panorâmica da serra de Aramo. A descida em direção à estrada AS-246 será vertiginosa -controlar a velocidade-. Se prestarmos atenção aos pormenores, veremos uma capela aninhada entre as casas de La Moñeca ou uma pedreira mais abaixo, no desvio para Caballeros.
Subimos um pouco desde La Gargantada (500 metros) para desviarmo-nos para Pando, uma aldeia onde desviamos para Valdesoto.

Com uma descida íngreme, vamos ligar-nos - na paragem de comboio de Valdesoto - à bela Via Verde de Carbayín (também chamada Senda del río Negro). Neste ponto, estamos mais ou menos a meio do percurso.
Depois de seguir o caminho ao longo das margens do rio Negro, chegamos a Carbayín Bajo. Aqui podemos recarregar as baterias na fonte, tirar algumas fotos no monumento ao mineiro com o castelo do poço de Pumarabule ao fundo... e mesmo para os mais amantes da gastronomia, há tempo para recarregar as baterias (pincho, cidra, café...) numa casa de cidra próxima.

A mina de Pumarabule é uma mina de carvão, vítima da crise do carvão nacional. Cessou a sua atividade em 2005, sendo nessa altura a única mina em funcionamento no concelho de Siero. As suas galerias estão ligadas à mina de Mosquitera, situada na localidade vizinha de Tuilla, em Llanre. Esta mina tem dois poços verticais com cerca de 500 metros de profundidade e ainda tem duas torres de perfuração no seu topo. Além disso, à volta das torres de perfuração é possível ver parte do depósito de rejeitos, bem como outras instalações e ferramentas mineiras.

O regresso a El Berrón não é invulgar. Seguimos o caminho do rio Negro até Valdesoto, onde podemos desviar-nos do caminho para subir à aldeia e ver a igreja de San Félix. Continuamos até Bendición, onde nos juntamos à estrada AS-246 que nos leva ao nosso destino final em El Berrón, com o ocasional hórreo (celeiro), campos com gado e a aldeia de Xixún.

No caso de chover a meio do percurso, desde Carbayín ou Valdesoto dispomos de um comboio FEVE, uma opção também adequada e aberta a quem não tenha muita força física.