Contudo, e de acordo com a tradição, o estabelecimento de pernoita próprio para o peregrino é o albergue. Trata-se de locais reservados exclusivamente para aqueles que, a pé, de bicicleta ou a cavalo realizam quaisquer dos caminhos até Compostela. Os albergues públicos contam com uma série de normas, algumas ditadas pelo mero sentido comum, que se devem ter em conta na hora de se alojar neles.
Ocupação
a) Poderão utilizar a Rede de Albergues todas as pessoas que vão em peregrinação a Santiago de Compostela ou regressem à finalização do mesmo e que se acreditem mediante a pertinente "Credencial do Peregrino" ou "Compostela", carimbada no lugar de procedência e de passagem.
b) A ordem de preferência na ocupação será a seguinte:
- Os peregrinos que viajem a pé ou com limitações físicas.
- Os peregrinos que viajem de bicicleta.
- Os peregrinos que viajem a cavalo.
- Os peregrinos que vão em carro de apoio.
c) As vagas ocupam-se segundo a ordem de chegada dos peregrinos, sendo que em caso algum se podem fazer reservas.
Vigilância
Os responsáveis pelos albergues deverão vigiar o correto funcionamento destas normas, estando capacitados para instar os infratores ao abandono do albergue e limitar o uso de outros albergues da rede.
Registo de utilizadores
Cada albergue contará com um livro de registo em que o responsável pelo mesmo deverá anotar os dados do peregrino. Além disso carimbará a credencial do peregrino, fazendo constar a data de uso do albergue.
Deveres do peregrino
A utilização dos albergues por parte dos peregrinos estará sujeita às seguintes normas:
- A estadia nos albergues será de uma só noite, salvo causa de força maior.
- Acesso aos mesmos anteriormente às 22 horas, momento em que se fecharão os albergues.
- Saída do albergue antes das 10 horas.
- Deverão cuidar as instalações, deixando-as ordenadas e limpas, e não abusando dos os serviços de água e luz.
Direitos do peregrino
O peregrino tem direito a utilizar os albergues de peregrinos de titularidade pública existentes nos caminhos compostelanos asturianos. A fim de sustentar esta rede de centros, colaborará no financiamento da manutenção das suas instalações, com contribuições económicas voluntárias, ou com a quantidade que cada albergue estipule.