Priañes ao Palácio de Quinzanas

Oviedo - Pravia 47,59

Esta excursão é um pouco "quebra-pernas", pois há subidas e descidas contínuas. Passa por zonas urbanas, estradas secundárias, alguns troços de estrada principal, que nos obrigarão a ter muita cautela, e um ou outro troço de pista que não é adequado para bicicletas de estrada.

O percurso começa em Oviedo, no distrito de La Florida, e atravessa aldeias como San Lázaro de Paniceres, Villamar, San Claudio, La Cabaña, Las Heras, Otaruelo e a capela de Pedreo.

A partir deste ponto e até San Pedro de Nora, o troço é em descida: é preciso ter cuidado, pois há partes do caminho em mau estado e, devido à sua inclinação, é recomendável descer a pé se não se sentir confiante ou não tiver as capacidades necessárias para este tipo de descida.

Uma vez em San Pedro de Nora, podemos visitar a igreja paroquial de estilo pré-românico asturiano, que foi incendiada e destruída durante a Guerra Civil Espanhola e posteriormente reconstruída.

Após a visita, seguir em direção a Priañes por uma estrada local, com pouco mais de um quilómetro de subida moderada. Outra alternativa é tomar o caminho de Priañes que conduz à própria aldeia, embora tenha subidas mais íngremes. E pouco antes de partir, do lado da barragem de San Pedro de Nora, é possível ver os restos de uma antiga ponte romana.

Uma vez na localidade de Priañes, podemos parar para contemplar, a partir de um miradouro, uma formação hidrogeológica de notável singularidade e raridade provocada pela chegada do rio Nora e a sua união com o rio Nalón: os meandros do Nora.

Nesta localidade, o percurso junta-se à Via Verde de Priañes, que conduz ao rio Nalón e segue pelas suas margens até à barragem de Priañes, onde o rio é atravessado por uma ponte suspensa. A excursão continua por Barredo e depois por Llera, e após uma breve passagem pela N-634, entra-se na aldeia de Valduno.

Em Valduno pode-se parar para ver a igreja de Santa Eulália e os restos das termas romanas anexas a ela. Mas se esta localidade é conhecida por alguma coisa, é pela castanha de Valduna, uma variedade local que se destaca pelo seu sabor mais doce, pelo seu grande tamanho, pela sua cor avermelhada com veios e pelo seu brilho. E não há melhor forma de saborear estas castanhas do que num amagüestu: uma festa tradicional em que se bebe cidra doce com castanhas, que costuma ter lugar durante o mês de novembro e é celebrada em praticamente todas as Astúrias.

De Valduno a Grado, a rota segue o Caminho de Santiago, passando por aldeias como Paladín, Puerma e Peñaflor, à qual se chega através da sua famosa ponte.

Grado é um bom lugar para recarregar as baterias, já que a partir daqui devemos dirigir-nos a Sandiche pela estrada principal AS-237 e depois continuar por estradas locais até San Tirso (passando antes por Aces) onde devemos tomar a AS-39 para chegar a outro ponto de interesse do itinerário: o Palácio dos Francos na aldeia de Quinzanas. Este palácio, de forma retangular com um corpo acrescido formando um ângulo do lado esquerdo e com um passadiço, tem uma história curiosa: antigamente, a estrada que por aqui passava, ligando os concelhos de Pravia e Candado, tinha de atravessar as suas muralhas, impossibilitando a circulação de veículos de determinadas dimensões e obrigando-os a fazer um desvio.

O percurso continua e, depois de um pequeno troço de estrada, tomamos um caminho ao longo das margens do rio Narcea (passando pelo ponto em que este desagua no rio Nalón, perto de Forcinas). Neste caminho devemos ter muito cuidado, pois uma travagem brusca ou uma queda pode acabar com os nossos ossos na água. Há também algumas escadas que devem ser descidas a pé.

Finalmente, por caminhos agrícolas, chegamos a Pravia, o destino final desta rota.