Museu Ferroviário das Astúrias

Na segunda metade do século XIX, a cidade de Gijón/Xixón, de carácter manufatureiro, industrial e operário, não parava de crescer. Um elemento-chave deste crescimento eram as comunicações e os transportes, e foi neste contexto que nasceu a Estación del Norte, que transformou o ambiente tranquilo e rural de El Natahoyo num dos subúrbios operários mais importantes da cidade. A zona, delimitada pelo caminho de ferro e pelo mar, e estruturada pela estrada de Candás, tornou-se o local de numerosas indústrias, incluindo alguns dos estaleiros mais importantes do século XX em Espanha. O caminho de ferro permitia o transporte de produtos industriais para o mar e a deslocação de passageiros ao longo do eixo central das Astúrias, de Gijón/Xixón para as zonas mineiras e vice-versa. Em suma, era a espinha dorsal da vida, da economia, das mudanças sociais e da revolução industrial; era um símbolo de progresso e conhecimento.

Hoje em dia, toda esta história recente e toda a história operária, industrial, tecnológica e social asturiana tem um expoente claro no uso que foi dado à Estación del Norte de Gijón/Xixón quando esta cessou a sua atividade em 1990, encerrando assim mais de cem anos de história e abrindo o conhecimento, a cultura e o lazer às gerações actuais e aos viajantes através da sua nova vida como Museu Ferroviário.