Mosteiro de Santa Maria de Villamayor

A fundação deste mosteiro de monjas beneditinas pode ser datada entre os séculos XII e XIII, período cronológico em que predominam os postulados estéticos do românico tardio. O mosteiro feminino de Villamayor foi dissolvido no século XIV pelo bispo Gutierre de Toledo, e anexado definitivamente a San Pelayo de Oviedo/Uviéu em 1530.

Posteriormente, ficou reduzido a um priorado e à igreja, que permaneceu inutilizada, e que passaria por vários destinos como cemitério até à desamortização. Mais tarde, foi efectuada uma reconstrução no espaço da nave, que foi primeiro utilizada como prisão e, em 1910, como escola.

Atualmente, do edifício românico conservam-se a cabeceira e o início da nave com o portal sul da igreja. A planta é constituída por uma única nave retangular com um presbitério composto por uma secção reta e uma abside semicircular. A nave da igreja é coberta por uma abóbada de berço, tal como a secção reta da abside, e na abside semicircular é utilizada uma abóbada de quarto de esfera.

No exterior, a abside tem duas colunas anexas encimadas por capitéis vegetalistas, uma cornija axadrezada com mísulas e métopas, uma janela central com colunas e capitéis vegetalistas e duas faixas de trabalho axadrezado a todo o perímetro. O interior é coberto por uma arcada cega com oito arcos, e apresenta ainda o arco triunfal recurvado com capitéis de poeira trabalhados em xadrez e capitéis vegetalistas.

Resta apenas o portal sul, que dá para a praça e para a nova igreja paroquial. É constituído por três arquivoltas não decoradas e está protegido por uma cornija com mísulas e métopas. Os capitéis são decorados com motivos vegetalistas ou historiados, incluindo o da ombreira direita com A despedida do cavaleiro, uma cena historiada de uma dama e um cavaleiro com um falcão.