Lago Ercina

Graças a esta barragem, o comprimento original foi duplicado.

A cor da água varia com as alterações da luz e da vegetação aquática, desde o verde claro ao verde escuro e, por vezes, até tons amarelados, verde-azulados e avermelhados.

Flora

O Ercina, com a sua bacia pouco profunda, é um ambiente fértil para a macro-vegetação. As comunidades vegetais enraizadas no fundo ocupam a maior parte da bacia do lago, embora muitas das plantas não sejam fáceis de ver a olho nu, por estarem permanentemente submersas ou porque os seus órgãos reprodutores só emergem à superfície durante um curto período de tempo.

O "tapín" ou "trema del llagu" é como os pastores chamam ao canavial flutuante que treme quando se caminha sobre ele, embora o risco de afundamento seja grande porque geralmente é muito lamacento e os sedimentos são falsos. É constituído por concentrações de fanerogâmicas herbáceas, juncos, caniços, taboas e arbustos. Outras espécies incluem a Carex diandra, que, por ser abundante, contribui, após a frutificação, para a mudança de cor do lago de verde para ocre. Há também o cirpus lacustris (Scirpus lacustris), que forma caniçais ou emerge da água em grupos isolados. Outra espécie que se encontra na massa flutuante, bem como nas margens do lago, é o spagnum ramosus (S. erectum). Finalmente, a variedade de salgueiro conhecida como salgar (Salis atrocinera) é abundante nas proximidades do lago.

O desenvolvimento da vegetação, e mesmo o aspeto de um lago, pode variar muito, não só nas diferentes estações do ano, mas também nas mesmas datas em anos sucessivos, sendo evidente que nem tudo depende das variações climáticas, mas que há muitos outros factores em jogo.

Fauna

Dois grupos bem representados neste lago são a avifauna e as libélulas.

Entre os anfíbios contam-se o tritão-de-ventre-branco (Triturus helveticus), o tritão-alpino (T. alpestris), o sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans), o sapo-comum (Bufo bufo) e a rã-castanha (Rana temporaria).

Entre as aves aquáticas, a mais abundante é o galeirão (Fulica atra), embora o pato-real (Anas platyrhynchos) também seja abundante.