O coração da exploração mineira
- Langreo, Laviana, Sobrescorbio e Caso Centro das Astúrias
- Distância: 54 kms
- Dificuldade: Curto
- Carros: 5 dias
- Ponto de partida: Sama
- Traçado do percurso: Fazer download kml
Falar do Nalón é falar do rio e também da bacia carbonífera, já que no seu vale se encontram os restos do património arqueológico industrial.
Informação
Falar de Nalón é falar do rio e também da bacia carbonífera. Assim, no seu vale, os vestígios do património arqueológico industrial são os primeiros a chamar a atenção do viajante. Mas aqueles que se aventuram a descobrir o que há por trás da superfície encontrarão exemplos únicos de arquitetura, uma gastronomia de alta qualidade e um parque natural que foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO.
Rota
Sama - La Nueva - Ciañu 10,9
Dia 1: A viagem começa nos arredores dos maiores centros urbanos da bacia do Nalón, Sama e La Felguera. Um dos dois melhores exemplos do seu passado industrial é o MUSI, o Museu do Ferro e do Aço, situado no interior de uma torre de refrigeração de quarenta e cinco metros, no polígono industrial de Valnalón. O outro exemplo do seu passado industrial é o Ecomuseu Samuño, em La Nueva, na LA-7 de Ciañu, um complexo de exposições no antigo Poço de San Luis, que inclui uma viagem de dois quilómetros num comboio mineiro.
A Galeria Municipal de Arte Eduardo Úrculo, inaugurada num antigo matadouro de 1919, é outro centro de referência. Ciañu também tem várias jóias, como o complexo da Torre de la Quintana e a Casa de los Solís, construídos no século XIV, e a Casa de la Buelga, um edifício barroco atualmente utilizado pela Universidade de Oviedo.
Ciañu - La Pola Llaviana/Pola de Laviana 16
Dia 2: A rota dirige-se para sul ao longo da AS-17, conhecida como o Corredor de Nalón. Em L'Entregu / El Entrego, encontra-se o MUMI, o Museu Mineiro, que reproduz a boca de um poço de carvão e a "gaiola" em que os mineiros descem às entranhas da terra. Dentro do centro da cidade, é possível passear pelos bairros mineiros de La Vega, San Juan, Santa Bárbara e El Coto, que são exemplos da arquitetura operária da região. O prato típico de L'Entregu / El Entrego são as cebolas recheadas, que até têm uma festa popular no outono. Mais a sul, em Sotrondio, a partir do bairro de El Pontón, começa o caminho do Vale de Santa Bárbara, que segue a antiga linha férrea desde La Cerezal até ao lavadouro de Hullera.
La Pola Llaviana/Pola de Laviana - Rusecu/Rioseco 13,5
Dia 3: La Pola Llaviana/Pola de Laviana ocupa o terceiro dia. Junto ao cemitério de La Pola, a capital do concelho, encontra-se o Santuário da Virgen del Otero, um edifício do século XV com um retábulo barroco único. Um dos pratos típicos desta cidade são os bartolos, doces feitos de amêndoas moídas e massa folhada. A um quilómetro e meio a sul encontra-se Entrialgo e a Casa Natal de Armando Palacio Valdés, uma mansão rural do século XVII. Neste centro de interpretação é possível conhecer a obra do escritor. Do exterior do centro há um percurso que liga a Canzana e segue os cenários de La Aldea Perdida, talvez o seu romance mais famoso. Segue-se a Puente de Arco, uma ponte pedonal românica com dois arcos semicirculares. Entre esta ponte e a de La Chalana, foi criada uma reserva de pesca de trutas sem matança.
Rusecu/Rioseco - Soto - Rusecu/Rioseco 6,77
Dia 4: O viajante chega ao concelho de Sobrescobio e, por conseguinte, à porta de entrada do Parque Natural de Redes, declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO. A sua capital, Rusecu/Rioseco, está situada entre duas albufeiras, Tanes e Rioseco, que correm paralelamente à AS-17. A aldeia alberga o Centro de Acolhimento e Interpretação da Água (verificar previamente a disponibilidade do equipamento), um museu que explica em grande parte a beleza do meio envolvente. A apenas três quilómetros de distância, na SC-2, encontra-se Soto, ponto de partida da Ruta del Alba, um popular percurso de montanha, com catorze quilómetros (ida e volta). Os primeiros quilómetros deste percurso são acessíveis. No regresso a Rusecu / Rioseco, pode fazer-se uma paragem na zona recreativa de Villamoréi. Um dos pratos mais típicos desta zona é o borrego cozinhado no espeto.
Rusecu/Rioseco - Tarna - Rusecu/Rioseco 60,7
Dia 5: A nascente do Nalón, o rio que nos acompanha ao longo de todo o percurso, encontra-se perto de El Campu. A sua nascente é a Fuente La Nalona, em El Puertu. Nesta zona podemos completar a rota do Tabayón de Mongayo, que começa na aldeia de Tarna e tem 9 quilómetros de extensão. No regresso a El Campu, o Centro de Receção e Interpretação de Redes abre as suas portas na capital de Caso. Esta instalação tem uma exposição permanente sobre a reserva, mas também oferece informações práticas sobre as rotas que podem ser seguidas. Para terminar o dia, pode organizar um agradável passeio com as crianças à volta da gruta Deboyu, uma cavidade cársica escavada na rocha pelo rio Nalón e situada junto a El Campu. Quanto à gastronomia, o queijo Casín tornou-se um ponto de referência e diferentes produtores oferecem atualmente visitas guiadas às suas queijarias.