Parque Natural Las Ubiñas-La Mesa

Os visitantes que se deslocam ao Parque com animais de estimação devem manter um controlo especial sobre os mesmos, tal como estipulado nos regulamentos sectoriais. Estes devem estar devidamente presos e controlados.

O Parque Natural de Las Ubiñas-La Mesa foi declarado Reserva da Biosfera em 2012 e compreende um território montanhoso com um relevo de contrastes acentuados, no qual se destaca o maciço de Peña Ubiña, a segunda montanha mais alta da região depois dos Picos de Europa, com altitudes superiores a 2400 metros, junto à fronteira com as terras de Leão.

Situado no sector central das Astúrias, inclui as terras dos concelhos de Lena, Quirós e Teverga.

Os valores ambientais que definem o parque são a sua diversidade biológica e o seu magnífico estado de conservação. A sua superfície contém exemplares de mais de metade das famílias vegetais asturianas, com mais de um terço da superfície ocupada por florestas maduras dominadas por florestas de faias. A fauna cantábrica está muito bem representada, com espécies como o urso pardo e o tetraz cantábrico, incluídos no Catálogo Regional de Espécies Ameaçadas, ou a lontra e o désman, dois grupos associados a cursos de água de grande qualidade ambiental. Aves de rapina, corços, veados, camurças, lobos e raposas também fazem parte da sua vida animal. Entre as águas que percorrem o Parque Natural Las Ubiñas - La Mesa, destaca-se o desfiladeiro formado pelo rio Val de Sampedro, no qual se encontra a Cueva Huerta, declarada Monumento Natural.

Para além desta riqueza ambiental, existem também numerosos valores culturais. Possui uma das pinturas rupestres mais ricas do noroeste peninsular (Abrigos Rupestres de Fresnedo), com representações pictóricas da Idade do Bronze - Idade do Ferro. Também conserva vestígios da época castreja, embora os seus elementos mais representativos sejam, sem dúvida, a Via Carisa e o Caminho Real de la Mesa, ambas vias romanas tão antigas como os primeiros asturianos, que ligavam a comarca à meseta de Leão.

Nas aldeias circundantes ainda se podem ver bons exemplos da arquitetura tradicional asturiana de montanha, com casas de pedra com corredores de madeira. Junto a estes núcleos coexistiam as brañas, zonas de pastagem estival, onde se construíam simples cabanas de pedra cobertas com telhas ou giestas - os teitos -, e os corros ou cabanos, construções circulares com uma falsa cúpula de pedra.

Flora

Onze dos dezanove grandes tipos de vegetação asturiana estão presentes no Parque Natural de Las Ubiñas-La Mesa, como resultado da sua complexidade orográfica e do uso que o homem fez deste território. Um terço da sua superfície é ocupado por florestas, sendo a faia a formação florestal dominante, mas não faltam os carvalhais, as faias, as bétulas, os castanheiros e os azevinhos.

Acima do limite da floresta, existem extensas áreas de pastagem, utilizadas pelos habitantes de Quirós e Lena e até por rebanhos transumantes de ovelhas merino. Nestas zonas de pastagem conservam-se três espécies de flora ameaçadas de extinção: o narciso das Astúrias, o narciso trombeteiro e a genciana.

Nas zonas mais altas, com solos mais pedregosos, são comuns os matos de montanha, como o zimbro rasteiro, o mirtilo e a brecina. Por outro lado, nas zonas rochosas calcárias, surgem outras plantas a par do zimbro, como a uva-ursina e o torvisco macho.

Fauna

A grande riqueza biológica do Parque Natural Las Ubiñas-La Mesa faz com que este seja um dos locais onde se pode ver o magnífico urso pardo. No interior do maciço florestal, podem observar-se tetrazes que partilham o espaço com exemplares como o lobo, o javali, a raposa, a geneta, o gato-bravo, o arminho e o texugo. O corço , o veado e a camurça percorrem as altas montanhas, assim como as grandes aves de rapina como a águia, o abutre, o abutre-do-egito e o falcão-peregrino.

A lontra e o desman, com a sua presença, demonstram o incalculável valor ambiental das águas que atravessam o parque. O Monumento Natural Cueva Huerta é um refúgio para várias famílias de morcegos.